sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

      A  HISTÓRIA   
          O livro é muito bom, mas se já vieram a Mafra saberiam que há muitos outros lugares para além do convento e da tapada. Há muitos outros monumentos e muitas outras atrações em Mafra tais como:
  A Aldeia de Zé Franco;
  As Praias da Ericeira;
  Cova da Baleia;
  Jardim do Cerco;
  Parque Desportivo.
E outras menos conhecidas:
 Ericeira:
  A Capela de são Sebastião;
  O Forte de Milreu.
 Mafra:
  A Igreja de Santo André;
  O Auditório de Beatriz Costa.
 Malveira:
  A Reserva do Lobo-ibérico.

  Imaginem só se esta história se passasse em algum destes sítios, seria bem interessante, não acham?:

  Aqui está um excerto da história que vos pode interessar:
«— Pronto! Vou para a cama! O resto do grupo seguiu-lhe o exemplo. As gémeas e Ana Lisa(para quem não leu o livro é uma personagem muito bonita inteligente e amistosa que namora com Pedro e se juntou ao grupo lá no ginásio. Agora anda sempre com eles. Quis aprender Sáiro para poder falar com os lobos.) ficaram no mesmo quarto, um aposento bastante grande que tinha cama de casal e outra de pessoa só. Em vez de janela, havia uma porta envidraçada que abria para um jardinzinho minúsculo nas traseiras. — Fechem os cortinados — pediu a Luísa, — senão acordamos cedo de mais. — Hoje só sabes é dar ordens. — Pois é, mas não se zanguem, está bem? Hoje mando, amanhã obedeço. Vá! Que sono! O sono era tal que se deitou vestida e adormeceu de imediato. As outras fizeram o mesmo e o quarto mergulhou no mais profundo silêncio. Ana Lisa não saberia dizer se tinha passado pouco tempo ou muito tempo quando ouviu uma voz que falava dentro da sua própria cabeça. — Ajuda! Ajuda! Que maneira estranha de chamar! Quem seria? Esfregou os olhos, apurou o ouvido e a sensação repetiu-se. Parecia-lhe que os pedidos nasciam dentro da sua cabeça. Então sentou-se, mas tão estremunhada, tão atarantada, que não reconheceu logo o quarto; por isso não encontrou o fio do candeeiro, mas um raio de luar esgueirava-se por entre os cortinados, espalhando uma claridade ténue na direcção oposta à da cama onde dormiam as gémeas. — Quem está aí? — perguntou a medo. — Quem precisa de ajuda? Em vez de resposta ouviu um uivo prolongado que lhe deixou os cabelos em pé. — É um lobo? "Aúúú..." Era mesmo um uivo, era mesmo um lobo e aproximava-se. Estaria a sonhar? A irmã tinha-lhe garantido que ali na Tapada a área reservada aos lobos estava protegida por uma cerca de arame forte que impedia os outros animais de entrar e os lobos de sair. No entanto, os uivos soavam cada vez mais perto: "Aúúúú!"
Ondas descontroladas de arrepios percorreram-lhe o corpo. Uns era quentes e subiam-lhes à cabeça num alvoroço de contentamento porque ia fazer a experiência que tanto desejara. Outros eram arrepios frios que se dirigiam diretamente ao estômago, onde formavam uma bola de medo. Agora tinha a certeza de que estava acordada, e sabia poder contar com as gémeas. Bastava chamá-las. No entanto, preferiu não o fazer. Afastou o édredon para o lado e levantou-se devagarinho, a tomar coragem. Depois caminhou descalça e em bicos de pés até à porta de vidro. Antes de abrir os cortinados, respirou fundo. "Quero ou não quero que esteja um lobo no jardim?" A verdade era complexa. Se não aparecesse lobo nenhum, ficaria desiludida, mas o medo evaporava-se e vinha a calma. Se houvesse mesmo um lobo do lado de lá da porta, ficaria transtornada porque era um sonho que se tornava realidade mas que a enchia de pavor! Num repente abriu os cortinados, e o lobo lá estava. Grande, peludo, de focinho afiado, dentes aguçados e olhar oblíquo. Não uivou mas ergueu a pata direita e raspou levemente a vidraça como se quisesse de facto pedir ajuda. Ana Lisa, coberta de suores frios, perguntou-lhe mentalmente: — Precisas de mim? — Sim. De mãos a tremer, abriu a porta, deu um passo, e ficaram frente a frente, tão próximos que podia tocar-lhe na cabeça, mas não se atreveu. — Precisas de ajuda? — repetiu. — Sim, sim, sim. Não há dúvida, o lobo queria qualquer coisa, mas o quê?»
  (in Uma Aventura Secreta, pp. 118-120)

  E se este excerto não se passasse na tapada e se passasse na Aldeia de José Franco.
Possivelmente, em vez de um lobo, apareceria uma figura animal de barro viva! Ouvir-se-iam grunhidos ou palavras em vez de uivos.
  E se escolhessem para esta história o jardim do cerco?
 Possivelmente, apareceria um pato, um esquilo ou um pavão que os conduziria ás maravilhas deste belo Jardim. Se fosse eu a escrever esta história e me lembrasse de a colocar em lugar no Jardim do Cerco escrevê-la-ia assim:

  — Pronto! Vou para a cama! O resto do grupo seguiu-lhe o exemplo. As gémeas e Ana Lisa ficaram no mesmo quarto, um aposento bastante grande que tinha cama de casal e outra de pessoa só. Em vez de janela, havia uma porta envidraçada que abria para um jardinzinho minúsculo nas traseiras. — Fechem os cortinados — pediu a Luísa, — senão acordamos cedo de mais. — Hoje só sabes é dar ordens. — Pois é, mas não se zanguem, está bem? Hoje mando, amanhã obedeço. Vá! Que sono! O sono era tal que se deitou vestida e adormeceu de imediato. As outras fizeram o mesmo e o quarto mergulhou no mais profundo silêncio. Ana Lisa não saberia dizer se tinha passado pouco tempo ou muito tempo quando ouviu uma voz que falava dentro da sua própria cabeça. —Venham,venham! Que maneira estranha de chamar! Quem seria? Esfregou os olhos, apurou o ouvido e a sensação repetiu-se. Parecia-lhe que os pedidos nasciam dentro da sua cabeça. Então sentou-se, mas tão estremunhada, tão atarantada, que não reconheceu logo o quarto; por isso não encontrou o fio do candeeiro, mas um raio de luar esgueirava-se por entre os cortinados, espalhando uma claridade ténue na direcção oposta à da cama onde dormiam as gémeas. — Quem está aí? — perguntou a medo. — Quem me quer? Em vez de resposta ouviu um prolongado grunhido que lhe deixou os cabelos em pé. — É um  cão? "Grrrrr..." Era um estranho grunhido, e mal Ana Lisa saberia que o seu palpite estaria errado. Estaria a sonhar?  Os grunhidos soavam cada vez mais perto: "Grrrrrr!"
Ondas descontroladas de arrepios percorreram-lhe o corpo. Eram todos arrepios frios que se dirigiam diretamente ao estômago, onde formavam uma bola de medo. Agora tinha a certeza de que estava acordada, e sabia poder contar com as gémeas. Bastava chamá-las. No entanto, preferiu não o fazer. Afastou o édredon para o lado e levantou-se devagarinho, a tomar coragem. Depois caminhou descalça e em bicos de pés até à porta de vidro. Antes de abrir os cortinados, respirou fundo. Num repente abriu os cortinados, e lá estava, não um cão mas sim um pequeno e esbelto esquilo.
Ágil, fofo, veloz e doce era tudo aquilo que podíamos dizer deste esquilo. Não grunhiu mas ergueu a pata direita e raspou levemente a vidraça como se quisesse de facto pedir algo. Ana Lisa, coberta de suores frios, perguntou-lhe mentalmente: — Precisas de mim? —Sim.— De mãos a tremer, abriu a porta, deu um passo, e ficaram frente a frente, tão próximos que podia tocar-lhe na cabeça, mas não se atreveu. — Precisas de mim? — repetiu. — Sim, sim, sim. Não há dúvida, o esquilo queria qualquer coisa, mas o quê?»

  Eh. Eh!!...
  Gostaram!?...

                                                  

4 comentários:

  1. Parabéns Luís! Eu sabia que ias gostar de escrever o blogue e colocar-lhe imagens! Continua, está a ficar muito giro!

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  2. olá luis desculpa não ter-te enviado um comentário mais rápido mas não consegui. És um génio.joão

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